Esbaldei-me ao brincar com as palavras... E meu lado criança adorou entrar nesse jogo de faz de conta e rimas, que a poesia me permitiu criar...

quarta-feira, 20 de abril de 2016

ESTRELINHA



Brilha, brilha
Estrelinha,
No espaço
Infinito,
Com planetas
A girar.


Brincam lindas
Lá no céu
E iluminam
Toda a noite
Esperando
O Sol raiar.

Cyssa Amaral Marques
20/04/2016

domingo, 20 de março de 2016

QUANTOS BRINQUEDOS



Boneca, carrinho,
Bola e peteca.
Menino arteiro e
Menina moleca.


Queimada, amarelinha,
Fantoches, bexiga e pião...
Meninos que brincam
Rolando no chão.

Bonecos de luta,
Videogame, computador,
Passa anel, bete, pique esconde,
Onde sou o caçador.

Brincar de casinha,
À mamãe a imitar,
Pegando batom e rouge
E começando a maquiar.

Mocinho e bandido,
Escolinha e pegador...
Dama, uno, ludo e memória,
Sou mais um jogador.


Cyssa Amaral Marques

20.03.2016

COMEMORAÇÕES





Janeiro, início de ano
Ânimo novo, muitos planos
As férias não terminaram
Minhas brincadeiras só começaram.
Chega fevereiro, carnaval,
Aulas, cadernos de montão.
Em março, o mês das águas
Com muita comemoração.
Abril, o mês da Páscoa
Jesus vai ressuscitar!
Mas ela também pode ser em Março,
E o coelho adiantar.
Também tem Tiradentes
De quem muito se orgulhar.
Maio, o mês das mulheres
Que são mães e noivas também.
Junho, mês dos namorados, São Pedro
E Santo Antônio, casamenteiro do bem.
Julho, pausa nas aulas,
Férias de novo, meu bem.
Agosto, mês dos pais,
Do frio e do vento também.
Mês de Saci, Curupira, Boitatá e Iara
Que não colocam medo em ninguém.
É do folclore esse mês,
Vamos ver o mês que vem...
Setembro é mês da Pátria,
Orgulho no peito, mãe gentil,
Verde e amarelo, colorido
É primavera no Brasil.
Outubro, mês das crianças
Guloseimas, presentes, diversão.
Dividimos com as professoras
A quem temos devoção.
Novembro, mês das almas,
Da saudades que maltrata.
Mas a alegria vem logo,
Assim que a tristeza desata.
Dezembro, mês das festas,
Fim de ano, afinal.
Jesus faz aniversário.
Seja bem vindo, Natal!


Cyssa Amaral Marques
20.03.2016

BOBEOU, DANÇOU!




A professora pergunta
Sobre as sílabas das palavras
Quando separa e não junta
O som que as letras têm.


A professora interroga
Não respondo, nada sei.
Não estudei tabuada.
Perdi meu tempo, dancei.

A professora quer saber
Dos estados, as capitais...
Só sei do lugar onde moro:
Capital Belo Horizonte, Minas Gerias.

A professora ensina
Mas não presto atenção.
O resultado de tudo isso:
Estou em recuperação.

Cyssa Amaral Marques
20.03.2016

UM MUNDO SEM ÁGUA



Ao meu redor tantos rios
Porém a água que corre
Causa-me calafrios
De tão suja que é...


Quase não há mais peixes...
Onde estão as árvores?
Onde está o verde
Do meu Rio Verde?

Apenas água suja...
Água que salga com as lágrimas
Que choro sem perceber...
Lágrimas que nem sinto escorrer...

Onde está a pureza do rio
Que corre e escorre entre meus dedos?...
Onde está a beleza da natureza
Que se esconde em meus medos?...

Um futuro sem água...
Sem vida, sem ar e sem mar...
Um mundo sem água...
Que mundo? Que água?

Cyssa Amaral Marques
20.03.2016

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

DESPERTAR




'Trim-trim'...
Fim de férias...
O despertador toca
E preciso levantar.
Meus olhos pesados,
Cansados...
Não querem acordar...
Meu sono me deita,
Me prende à cama gostosa,
Quentinha e fofinha...
Mas minha mãe bate à porta,
Me chamando para levantar.
Respondo de olhos fechados:
“Já vou, mamãe... Já vou...
Se o meu sono me deixar...”
Com os olhos cerrados,
Viajo a um mundo mágico,
O reino encantado dos sonhos,
Onde não há hora pra acordar...
Sou super-herói, lutador, rei...
Até que mamãe abre a porta
E, como rainha, ordena:
“Anda, menino... Levanta!
A escola lhe espera
E precisa se arrumar...”



Cyssa Amaral Marques
08.08.2012

CONTOS DE MAMÃE




Tac, tac,
Ta-tac...
É madrugada
E mamãe não para de 'bater'...
Tac, tac,
Ta-tac...
Ouço o silêncio das palavras
Que mamãe no computador
Insiste em escrever.
Tac, tac,
Ta-tac...
Meus olhos acordam
Do meu sono cansado...
Tac, tac, tac, tac...
E no barulho mudo das palavras
Encontro forças para levantar...
Curioso com a história
Que mamãe está a criar...
Tac, tac,
Ta-tac...
Calando os meus passos
Vou até o outro quarto
Viajar no faz-de-conta
Dos contos de mamãe.
Tac, tac,
Ta-tac...
Mamãe perdida em suas palavras
Não me vê aproximar...
Calado por minhas lágrimas
Leio emocionado
A poesia escrita por mamãe...
Um suspiro profundo
Acaba por chamar sua atenção e,
Surpresa com minha presença,
Com um abraço carinhoso
Recebo no corpo
As palavras do computador...
Era a nossa história
Que mamãe compartilhava
Com um caro amigo leitor.
Tac, tac,
Ta-tac...
E o título:
“Meu filho, meu grande amor...”
Tac, tac,
Tac, tac,
Ta-tac...


Cyssa Amaral Marques 
08.08.2012

BRINCANDO COM AS PALAVRAS



Pensando com meus botões,
Me perguntei então:
“O que seriam as palavras?”
Seriam borboletas que os escritores,
Com suas redes, correm a caçar?
Ou seria uma gatinha peluda, meiga
E mansinha que uma menina
Insiste em brincar?
Seria um cavalo livre, selvagem,
Que pelos vastos campos
Galopa sem parar?
Talvez um pássaro, uma águia,
Que viaja o mundo, que corta o céu,
Procurando novas terras e
Novas línguas para encantar?
Um cão de caça farejador
Que bisbilhota tudo
Procurando outras letras para juntar?
Ou seriam pedras preciosas
Que um garimpeiro encontrou?
Podem ser como folhas de outono
Trazidas pelo vento inquieto que passou...
E se fossem gotas d'água
Que caem como chuva
Se espalhando pelo chão?
Molham tudo em mim,
Encharcando meu coração...
Acho que palavras
São como os amigos...
Quanto mais temos e conhecemos
Mais bela fica a vida
E mais completa se torna a poesia...


Cyssa Amaral Marques   
08.08.2012

sábado, 14 de setembro de 2013

MINHA MÃE É UM DOCE





Ah! Minha mãe é um doce,
Tão doce que irei te contar:
Pra mim é como um doce sonho
Que não deixo de sonhar.

Posso até compará-la
Com gulodices sem fim
Só que, em doçura,
Ela é a melhor para mim.

Ás vezes, quando a aborreço,
Parece um brigadeiro
Um militar mandão
Que algumas vezes odeio.

Quando estou bonzinho
Ela vem com seu calor
Me enche de beijinho...
De coco? Não! De amor.

Sempre que quero algo
Minha mãe eu sei 'levar'.
Ela vira maria-mole
Se em seu colo me deitar.

Conhece combinação mais doce
Que queijo com goiabada?
Só mesmo a minha mamãe
Mulher tão boa e amada.

Mamãe, você é melhor
Que uma barra de chocolate!
Por mim é muito querida
Até mesmo se me 'bate'.

Mamãe, o que tenho a dizer
É que doçura maior não há.
Sem você não sei viver
E ficar sem você não dá!


Cyssa Amaral

29.04.2008

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

PAI





Pai, não queria do senhor
somente esta saudade.
Não queria apenas o desejo
de tê-lo de novo ao meu lado.
Nem mesmo suas palavras escritas ver
num papel enviado num envelope.
Queria sua companhia,
dia e noite,
noite e dia.
Num abraço apertado
que só o senhor pode me dar.
Eu queria você, Pai.

Nas noites em meus sonhos,
o senhor sempre aparece...
Se torna minha razão de viver,
meu sono, minha alegria.
Por mais que eu esconda
todos lhe percebem em mim,
nos olhos, no jeito, na alegria...
Na maneira de demonstrar amor.
O senhor é tudo.
É amor, é ódio, é paixão.
É minha vida.



Cyssa Amaral - 1993